Administrando Conflitos: a Arte
da boa negociação
Num período de vinte e quatro horas, podemos ter conflitos de interesses
com dezenas, às vezes, centenas, de pessoas. Desde definir a hora em que o
despertador irá tocar, quem vai ser o primeiro a usar o banheiro, passando por
quem é responsável por isso ou aquilo, quando fazer tal coisa, no escritório –
todos nós estamos expostos a pequenos conflitos a cada hora. Faz parte de nossa
convivência diária, pessoal e profissional, com outras pessoas. O conflito era
tão inerente ao nosso comportamento social que, na maioria das vezes, lidamos
com ele quase que inconscientemente.
A não
ser quando há coisas demais em jogo ou a questão é mais intrigante ou, ainda, o
conflito nos afeta mais que o normal. Nessas circunstâncias somos capazes de
perceber o conflito de interesses e tentamos lidar conscientemente com ele.
Nesses momentos da vida, sem dúvida ficamos abertos para aprender e aplicar
técnicas de administração de conflitos da área de negociação. Queremos no
entanto, que você esteja preparado para usar métodos avançados para solucionar
qualquer conflito de interesses que apareça pela frente, e não apenas aqueles
que chamam sua atenção.
Pense nas
inúmeras solicitações e instruções que recebe de seus chefes. Em geral, essas
instruções são consideradas rotineiras. Embora você e seus chefes tenham um
conflito básico de interesses (eles querem que você trabalhe mais e ganhe menos
e você quer trabalhar menos e ganhar mais), vocês geralmente acabam se
entendendo. No entanto, determinadas situações o incomodam ou a instrução lhe
parece injusta ou mesmo sem fundamento. É então que o conflito de interesses
sai do inconsciente e passa para o consciente.
Qualquer que seja o caso – Um
conflito de interesse rotineiro, inconsequente, ou algo de maiores proporções –
sua maneira de lidar com o problema afetará bastante seu trabalho e sua vida.
Você pode escolher transformar cada situação de conflito em uma oportunidade
para ser aproveitada ao máximo – Seja em beneficio próprio, para crescer
individualmente, ou para o bem de todos. Vamos ensina-lo quando e como tomar
uma ou outra atitude.
Dominado Suas emoções
Uma das
formas mais comuns de se chegar a resultados que prendam mais para um dos lados
ou são insatisfatórios para ambas as partes é perder a calma. Situações de
conflito normalmente geram reações emocionais e racionais. É necessário manter
a situação sobre perspectiva – e, se for o caso, criar métodos e regras que
impeçam que a raiva assuma o controle da situação.
Negociar
tem a ver com conflito e administração de conflitos. Consequentemente, o
conflito as vezes foge de nosso controle e o processo de negociação desaba.
Quando as perspectivas ficam destorcidas em função da má comunicação, surgem a
frustração e o rancor. As conversas deixam transparecer a animosidade. Afloram
influências prejudicais que começam a tomar força e acabam controlando a
situação. À medida que a falta de comunicação aumenta, as partes ficam menos
flexíveis em relação às suas respectivas posições e culpam umas às outras
pelas dificuldades.
A importância da boa Comunicação
Quando as
informações entre as partes não fluem naturalmente surge o conflito (saiba mais
sobre jogos emocionais, onde uma das partes retêm a informação para si, eis o
link:http://bloggabrielmelo.blogspot.com.br/2013/09/seducao-003-jogos-emocionais-mulher.html).
Se os canais de comunicação estiverem fechados, as partes procuram as causas e
logo uma culpa a outra.
- Você não nos contou isso
- não foi isso o que você disse
antes
Quando a
atenção se desvia do assunto principal e tornar-se uma competição onde nenhuma
das partes quer dar o braço a torcer, o assunto principal é esquecido ou mesmo
obscurecido, e novos assuntos entram em pauta.
A
medida que deixam de se concentrar nos assuntos, as partes começam a fixar sua
atenção nas personalidades individuais. Assim a negociação torna-se uma
competição de nós contra eles, do tipo ganhar perder, as diferenças são
ressaltadas e as semelhanças passam despercebidas. Quando isso acontece, o
emocional sobrepõe-se ao racional. Planos e estratégias caem no esquecimento ou
sequer chegam a ser desenvolvidos. O rancor impera nas situações de negociações
sob circunstância do conflito.
Avalie suas reações ao conflito
Quando nos envolvemos emocionalmente com o conflito, nossos instintos naturais
tendem a dominar, por isso, fica mais difícil usar eficientemente nossas
habilidades de comunicação e resolução de problemas. Daí a necessidade de
entender melhor suas reações emocionais ao conflito. Através dessa auto
avaliação, você conseguirá a objetividade imprescindível para controlar suas
reações. Quanto mais você se conhece, maior probabilidade tem de poder usar os
bons conselhos aqui oferecidos.
É curioso como cada pessoa reage de forma diferente em situações de
conflito. Algumas entram de cabeça e defendem-se com unhas e dentes numa típica
reação de luta. Outras fogem o mais rápido possível, numa típica reação de
fuga. Há as que fazem concessões e ficam no meio termo entre fugir ou lutar.
Certas pessoas desistem subitamente de sua ideias para que a outra parte fique
satisfeita. Finalmente, há aquelas pessoas cujo instinto natural é procurar
colaborações criativas, esforçando-se para transformar conflitos em sessões
cooperativas para soluções de problemas.
Se você conhecesse os instintos
básicos de uma pessoa, pode prever com certa precisão como está pessoa
negociará – ao menos, até que ela aprenda a usar estilos de negociação,
conforme a situação em questão.
Temos
curiosidades em saber quais são suas reações instintivas frente a situação de
conflito. Qual é sua tendência – qual seu estilo preferido de negociar?
Essa
curiosidade vem de nossa experiência em cursos de treinamentos, onde percebemos
que uma pessoa aprende novos estilos de negociar mais fácil, se antes
entenderem seu próprio e atual estilo de abordagem de negociação. Pedimos que
você preencha um formulário de avaliação pessoal.
Ao
responder as questões abaixo, suas formas de negociação nessas situações
começarão a delinear e, a partir daí, você chegará a descrição final do
seu estilo mais frequente de negociar.
Dê uma
nota de 1 a 5 sendo o número 1 para corresponde muito pouco comigo e 5 sendo
corresponde muito comigo. Você pode se dar notas como 2,3,4 como 1 e 5. Fica a
seu critério dar notas a si mesmo, desta forma irá indicar seu comportamento em
situações de negociações.
Avaliação da descrição:
1. Luto
muito pelo que quero (nota de 1 a 5 e assim por diante em todas)
2. Gosto
de encontrar necessidades mútuas e fazer delas o foco das negociações
3. Prefiro
evitar negociações intermináveis, dividindo a diferença
4. Prefiro
um encontro amigável a um conflito desagradável
5. Se
puder, fico de fora de uma negociação
6. Se
tenho poder, uso-o para garantir que minhas necessidades sejam as primeiras a
serem satisfeitas
7. Gosto
de transformar um conflito em esforço conjunto para resolver problemas
8. Sempre
proponho um meio termo que seja bom para ambas as partes
9. Minha
prioridade é manter um relacionamento duradouro
10. Não gosto de
reclamar nem expor minhas preocupações aos outros
11. Uma boa
discussão não me abala se puder trazer os resultados que espero
12. Prefiro ser
transparente e assim encorajar a outra parte também
13. Não me
importo de ceder um pouco, contanto que a outra parte também o faça
14. As
expectativas da outra parte em relação a minha pessoa me influenciam muito
15. Não confio em
negociações para obter desejo
16. Procuro não
deixar a outra parte saber muito sobre minhas necessidades e posição
17. Procuro
enxergar o problema por outros ângulos para encontrar melhores soluções
18. Não gosto de
perder meu tempo com ‘joguinhos’ quando é possível ceder um pouco
19. Não defendo
meus interesses tanto quanto devia
20. Quando sinto
que alguém tem alguma incompatibilidade comigo, tento ficar longe.
21. Um bom blefe
ou ameaça fazem milagres em negociações
22. Ao negociar,
espero honestidade e confiança da parte dos outros e sou considerado uma pessoa
digna de confiança
23. Ao meu ver o
mais justo é chegar em um meio termo
24. Alguns dizem
que cedo com muita facilidade
25. Muitas vezes
negociar, traz pouca vantagem, portanto é melhor evitar as negociações
Pontuação
Para saber qual estilo de negociação você mais utiliza, escreva nas
linhas abaixo os números escolhidos para as respectivas questões ... (exemplo:
se você escolheu 3 para a questão número 1, escreva 3 na linha 1). Após o
preenchimento de todas as linhas, some o total de cada coluna e escreva o
resultado nas respectivas linhas
1__________ 2 __________3
_________4__________5__________
6___________7
_________8__________9__________10_________
11_________12_________13_________14_________15_________
16_________17_________18_________19_________20_________
21_________22_________23_________24_________25_________
Some cada coluna
T1_________T2_________T3_________T4_________T5_________
Estilo de
negociação indicado: A coluna cujo o total é maior corresponde a seu estilo de
negociação preferido. O segundo maior total é o segundo estilo preferido. A
coluna de menor total corresponde ao seu estilo menos preferido. Exemplo,
digamos que os número foram 34,47,21,25,17 (neste caso meu estilo preferido de
negociação seria Colaborar e cooperar (T2), depois seria competir e derrotar
(T1), depois Conciliar (T4), depois fazer concessões (T3) e por último e menos
apreciado por mim para negociações seria Evitar ou abandonar (T5));
Ø Competir ou derrotar
(T1)
Ø Colaborar ou
cooperar(T2)
Ø Fazer concessão(T3)
Ø Conciliar(T4)
Ø Evitar ou abandonar (T5)
Este, porém, é o lado racional da administração de conflitos – aprender a
dominar o conflito através de lógica do melhor estilo, seguindo por um bom jogo
tático de como negociar. A questão é saber se você e os outros jogadores
conseguirão manter o nível racional para poder aplicar seu conhecimento de
negociação ou se reagirão ao conflito de forma totalmente emocional.
Se você ou os outros jogadores permitirem o conflito tome conta da situação, vocês
não conseguiram tirar proveito dos conhecimentos adquiridos sobre negociação.
Suas habilidades de negociação só reverterão em seu beneficio se você as
utilizar. Até o final deste artigo, você aprenderá algumas habilidades de
administração de conflitos que o ajudarão a superar os obstáculos mais comuns
ao uso de técnicas de negociação. Você aprenderá a lidar com as seguintes
situações:
Ø A outra parte não
está disposta a jogar o jogo de negociação
Ø A outra parte
negocia, mas somente o preço
Ø A outra parte não
joga limpo
Ø A outra parte age de
modo a dificultar a negociação
Em
qualquer dessas situações é muito difícil controlar o conflito e transforma-lo
em um jogo justo de negociação. Veja como lidar com essas quatro difíceis
situações:
1. Eles
se recusam a negociar
Há três
opções básicas caso a outra parte não queira negociar. A primeira opção, que
realmente deve ser a primeira a ser utilizada, é tentar enxergar a situação
pela ótica da outra parte. A segunda é reformular as questões. A terceira,
levar a disputa para uma pessoa de fora.
Para enxergar
a situação pela ótica de outra parte é preciso que você tente compreender o
ponto de vista dela e identificar seus interesses.
Para enxergar a situação pela ótica de outra parte, faça perguntas que
não sejam limitantes e reformule o que você pensa que disseram.
- Porque?
- Você pode explicar melhor?
- Ajude-me a entender .....?
Assim você
poderá confirmar sua interpretação. No entanto, se ainda estiver confuso com a
posição da outra parte, tente trocar os papéis – Imagine que você é a outra
parte e descubra como você se sentiria, e por quê. Esses métodos – chamados
dinâmicas de ouvir e troca de papéis – o ajudarão a entender melhor a
perspectiva de outra parte e seus fundamentos.
A segunda
opção normalmente é uma sequência natural da primeira. Tente reformular as
perguntas:
Ø Você pode ampliar
perguntas, para que elas englobem as preocupações da outra parte e os
interesses subjacentes?
Ø Você consegue
imaginar outras opções?
Ao iniciar
negociações dessa forma, talvez descubra pontos em comum entre as partes que
facilitarão o sucesso da negociação.
Às vezes em seu melhor empenho para reformular as questões surtirá
efeito. Você não consegue transpor a barreira, e seus esforços para resolver o
conflito pela negociação fracassam. É aí que deve entrar uma pessoa de fora,
alguém que atue objetivamente como facilitador ou conciliador. No ambiente de
trabalho, um gerente que tenha habilidades em relacionamentos interpessoais e
que não tenha preconceitos, é uma boa escolha. No ‘mundo real’, normalmente o
melhor alternativa é um mediador profissional.
2. Para
eles o importante é o preço
Se for
você o vendedor e lhe parecer que a outra parte só está querendo conseguir o
melhor preço, sem considerar qualquer outro aspecto, você provavelmente está
lidando com um negociador competitivo. A insistência do competitivo em um único
item coloca sua negociação em uma situação clássica em que uma parte tem que
perder para a outra ganhar. Essa situação dificilmente será resolvida em seu
beneficio.
Há vários modos de evitar essa
estratégia e conseguir o menor preço. Talvez o resultado não seja uma situação
em que as duas partes ganhem absolutamente tudo que desejam, mas a grandes
chances de ser melhor do que deixar que um negociador que faz pressão para
baixar o preço tenha controle sobre a negociação:
Ø Peça algo em troca –
‘se eu ceder no preço, o que eu ganho em troca¿’
Ø Procure outros
interesses além de dinheiro, tais como respeito, conquista ou salvar as
aparências. Talvez consiga transformar seu produto mais atraente fazendo um
pacote.
Ø Se há outra parte
disser que há outros, mais baratos, em outro lugar (um tipo de alternativa),
enalteça o valor ou singularidade do que você está oferecendo.
Ø Enfatize o
relacionamento pessoal;
Ø Desafie-o a ceder
conforme você ceder – ‘eu faço se você fizer’
Ø Qual é a realidade?
Será que vale apena?
3. Eles
não jogam limpo
Nosso
empenho em conseguir soluções satisfatórias para as partes normalmente é
bloqueado por atitudes e comportamentos poucos éticos e desleais da outra
parte. Não é fácil negociar quando sentimos que a outra parte está
constantemente tentando nos enganar, nos colcoar contra a parede ou
simplesmente mentindo.
Para
reverter a situação, seja o mais agradável possível (mantenha seu lado
emocional controlado, mantenha um estado racional intacto, se puder). Seus
sentimentos em relação a outra parte devem ser deixado de lado por um tempo, à
medida que você tenta encontrar um denominador comum. Uma saída é realçar o
lado positivo e ignorar o negativo. Reconheça o que eles tem de bom, apoie,
elogie-os por serem sensíveis as suas necessidades e por suas concessões.
No entanto, percebendo que a outra parte está dando falsas informações,
tentando enganar ou intimidar, ou até fazendo pressão indevida, há outras
táticas proativas que você pode utilizar para tentar reverter a situação:
Ø Ignore os
truques: Não estamos dizendo que você deva ignorar a outra parte – basta
ignorar o comportamento desprezível. Falar é fácil, mas o comportamento pode
melhorar se o ignorarmos. Por outro lado, a outra parte, talvez não capte sua
mensagem e continue com os truques. Nesse caso reforce suas táticas de
respostas.
Ø Identifique o
comportamento: O próximo passo é salientar o comportamento desagradável.
Não ataque direta e pessoalmente os que agem assim. Diga-lhes apenas que as
coisas estão ficando um tanto difíceis para você em vista do comportamento
deles. Eles saberão que você está ciente de tudo. Usando de muito tato,
diga-lhes que sabe o que estão fazendo, e seja firme e claro ao demonstrar que
não aceita esse tipo de comportamento. Não se deve ter atitudes ameaçadoras diante
de comportamentos inadequados. Descreva o comportamento às pessoas, não o
analise, explique como tal comportamento o está afetando e como se sente com
essa situação.
Ø Negocie a
negociação: Uma terceira abordagem é reservar um tempo para falar sobre o
andamento da negociação e para expor suas regras. Mesmo que as regras já tenham
sido estabelecidas, é bom analisa-las e discuti-las no momento.
Ø Uma advertência: Caso
a outra parte não mude seu comportamento, avise que, agindo assim, estão
colocando a negociação em risco. É necessário que entendam que você vai tolerar
tal postura e que todos sairão perdendo se eles não mudarem o comportamento e a
negociação for suspensa.
Aconselhamos você a resistir a tentativa de revidar. Embora tentadora,
não é uma boa ideia procurar pagar na mesma moeda. Isso normalmente leva a uma
intensificação de táticas, gerando respostas cada vez mais competitivas. Você
terá perdido a oportunidade de fazer negócio colaborativo, que poderia ter
surgido bons resultados e um bom relacionamento
Lembre-se também que algumas
negociações não valem o trabalho que dão. Você sempre pode desistir se sentir
que os custos da negociação serão muito elevados para justificar os prováveis
retornos.
4. Eles
agem de modo a dificultar a negociação
É
relativamente simples reconhecer um comportamento difícil. Todos já vivenciamos
ou presenciamos um decisão dessas. Todos temos dias ruins de vez em quando. No
entanto, quando temos que lidar com uma pessoa cujo o comportamento é
constantemente difícil, é necessário encontrar formas de lidar com essa
atitude. Alguns simplesmente ignoram, outros não tem tanta facilidade.
Á muitos livros e artigos de como lidar com as pessoas difíceis. O
conselho básico é tentar entender porque esse comportamento existe e porque ele
persiste. Muito provavelmente, a pessoa difícil manteve esse comportamento
e obteve os resultados desejados, portanto, continua fazendo o mesmo. Se nos
rendermos aos ataques temperamentais de uma pessoa, a tendência é que ela se
comporte da mesma forma no futuro. Se subornarmos uma pessoa para que ela
satisfaça nossos desejos, está pessoa sempre vai esperar um suborno quando for
solicitada. Embora seja um desafio lidar com um comportamento difícil, uma vez
que saiba sua origem, torna-se mais fácil lidar com ele.
Ao deparar com um comportamento difícil durante uma negociação, não
sabemos se a pessoa sempre – ou esporadicamente – comporta-se dessa forma.
Talvez você não tenha tempo de avaliar a fundo as verdadeiras causas desse
comportamento, mas pode agir de forma a neutraliza-lo. Em primeiro lugar vamos
discutir como lidar com uma pessoa difícil durante ume negociação formal.
Depois, explicaremos como lidar com uma pessoa difícil sob um aspecto
interpessoal.
Os cinco passos
São cinco passos
básicos para eliminar o comportamento difícil e criar um ambiente propicio para
a negociação:
1. Acalme
seus ânimos e controle seu comportamento;
2. Ajude
a outra parte a controlar seu próprio comportamento;
3. Mude
o tom da negociação de competitivo para colaborativo;
4. Ajude
a outra parte a superar o ceticismo para que vocês possam chegar a uma solução
razoável para todas as partes;
5. Consiga
fechar o negócio, que é o objetivo final de qualquer negociação.
Administrando conflitos com uma
pessoa difícil
Os pontos principais a se observar quando se lida com uma pessoa difícil
são reconhecer ou identificar o comportamento, compreende-lo e encontrar uma
forma de lidar com ele, quer isso envolva confronto direto ou aprender a
conviver com a pessoa. Em conflitos interpessoais, assim como em negociações,
as diferenças culturais e raciais, bem como os valores subjacentes e
tendenciosos, podem ser importantes.
Encontrando-se em uma situação de conflito, antes de tudo
esfrie a cabeça, porém, antes de tomar qualquer atitude, decida se vale apena
tentar mudar o comportamento de outra pessoa. Pergunte-se se vai dar
muito trabalho e se há perspectiva de obter um resultado positivo. Avalie se há
riscos envolvidos. Talvez você tenha que aceitar que algumas pessoas não
estão dispostas a mudar. Nesse caso você deve se concentrar nas mudanças que
pode fazer e nos próximos passos para lidar com o comportamento.
Se optou pela mudança, não se esqueça
de que, para ter sucesso, a solução de um conflito depende de comunicação
eficaz que, por sua vez, depende de dois fatores: (1) reconhecer, avaliar e
lidar com as diferenças entre as pessoas e (2) desenvolver uma estratégia
pessoal para lidar produtivamente com pessoas difíceis. Sugerimos os seguintes
passos para resolver conflitos:
I. Identifique
exatamente o comportamento que o perturba, não os valores por trás desse
comportamento (as pessoas tendem a manifestar todo o tipo de resistência a
mudança de valores). Concentre-se no comportamento, não na pessoa.
II. Confronte
o comportamento de forma menos ameaçadora possível. Concentre-se no
comportamento e evite enfrentar a pessoa;
III. Esteja
disposto a ouvir o que a outra pessoa tem a dizer.
IV. Resolva
o conflito tentando satisfazer as necessidades de cada parte. Essa éuma
negociação e deve ser colaborativa.
V. Implemente
a solução:
Os pontos importantes para o
processo para a resolução bem sucedida do conflito são as seguintes:
Ø Separe as pessoas dos
problemas, lembre-se que o problema é o relacionamento e não a pessoa
Ø Reconheça e avalie
diferenças;
Ø Seja flexível em
relação ao ponto de vista e estilo do trabalho de cada pessoa
Ø Aceite o fato de que
uma opinião ou abordagem diferente é apenas diferente, não errada. Lembre-se de
que há diferenças no modo de pensar.
Ø Evite rotular as
pessoas negativamente
Ø Concentre-se no
resultado e não na postura.
Quatro benefícios da solução bem
sucedida de conflitos
1. O
comportamento visto como negativo é enfrentado e resolvido. Isso ajuda as
partes a se afastarem dos estereótipos e da rotulação negativa baseada em
diferenças.
2. As
partes podem conhecer as necessidades e os pontos de vista do outro lado,
entendendo melhor as razões de seu comportamento.
3. As
habilidades de resolução de problemas podem ser aperfeiçoadas e as pessoas
podem aprender a encontrar soluções criativas;
4. Todas
as partes se beneficiam de um melhor entendimento e da amizade um do outro.
Isso constrói confiança que pode ajudar em futuros negócios ou conflitos.
Obrigado por ler, espero ter
ajudado em algo
Caso houver interesse, este foi o
primeiro capítulo do livro técnicas de negociação de Alexander Hiam e Roy
Lewicki, o que indico com muito prazer a leitura do livro.
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