" Quem você é determina sua maneira de ver tudo a sua volta."
John Maxwell.
Há um círculo à sua volta que
dimensiona o seu mundo. Não é o mundo em que estamos alojados, não é o universo
do qual fazemos parte. É o ambiente que você criou. É o habitat em que você se
adaptou.
Neste cenário essencialmente
vívido e simultaneamente complexo, você passou pelos mais diferentes estágios da
vida, aprendendo, decepcionando-se e reaprendendo novamente. São esses três
elementos que baseiam seu processo de sobrevivência aqui: aprender,
decepcionar-se e reaprender. Primeiro você capta os fatores intrínsecos da vida
como habilidades básicas de interação com o mundo, após este momento
maravilhoso de claridade, você se depara com coisas que o surpreendem com a
realidade de que muito do que você criou expectativas e se doou inteiramente
não manifestou o retorno desejado, daí você se encontra numa condição de
reformulação de conceitos, afinal, antes você via o mundo de uma maneira, na
sua forma infantil e ingênua de traduzir beleza e crédito em tudo, até se
decepcionar e procurar um novo ângulo de visão para o problema e solucioná-lo.
O termo "solução" denota reaprendizado. Porque "solução" é
o olhar microscópico sobre um inconveniente não pré-perceptivo anteriormente. O
que vou lidar com vocês hoje, em nosso primeiro estudo, trata-se da técnica
primária de transformação: definir a hostilidade.
O hostil é a manifestação ríspida
de um ataque frontal. E ele vem de pessoas maliciosas. São essas pessoas que
irão revelar as facetas violentas das relações humanas. Nossa introdução
objetiva terá essa afirmação de Nessaham Alita como coluna central:
"Os seres humanos instalam
entre si e com o mundo relações de
atração e repulsão: são atraídos
pelo que gostam e repelidos pelo que detestam. Quando são irresistivelmente
atraídos ou repelidos, atua o magnetismo universal." O MAGNETISMO DAS
RELAÇÕES SOCIAIS, pg 04.
Todo tipo de associação
constitui-se num elo de conexão mútua que sustenta uma relação harmônica. Ou
seja, há interesse. Quais são os interesses por trás da manutenção de um
convívio? Você deve estar ciente que nossa missão é detectar o inimigo. A
maioria das aproximações se originam a partir de um objeto de desejo, seja ele
pessoal ou material. Isso é fato incontestável. A partir do momento em que
surge um foco atrativo, seu instinto natural o impele à obtê-lo. A
ocasionalidade pode nos forçar ou espontaneamente nos fazer reagir à posturas
ou abordagens comunicativas, porém, o que nos motiva à promovermos a iniciativa
ao encontro de alguém é amplamente o desejo em algo dela. Aquilo que chama a
atenção, que se destaca diante das outras opções e direciona seu campo de visão
linearmente àquela presença. As relações humanas estão fixas nisso: a
recompensa. No início do tópico exploramos o conceito de reaprender após a
decepção, e onde a decepção entra nesse bloco?
Suas características pessoais
abrangem seu patrimônio interior e exterior. Interior na expressão do seu
caráter, sua personalidade, dons intelectuais na capacidade de entender e
dissertar, juntamente com sua flexibilidade comunicativa. A imagem exterior é
modelada pela beleza do seu corpo, o aprimoramento natural das suas
propriedades físicas e o que um bom porte pode contribuir para sua saúde e
locomoção. Consequentemente, isso gera elogios. O poder gera admiradores. Uma
lei básica de ter e ser. Isso trás visibilidade do mundo e resultados positivos
na sua produção. Você consegue recursos e status. Aonde se empenhar, o êxito
caminhará com você.
Até aqui está ótimo. Exceto quando
os inimigos aparecem...
Toda a gama de especialidades que
você nutre, ganha admiradores e oportunistas no seu encalço. Os admiradores são
aqueles que dão espaço para o fascínio de algo que se apresenta belo e
cativante. Os oportunistas não se satisfazem com a mera admiração e tencionam o
roubo da singularidade alheia. Em um período você é seta de idolatria, no outro
você é ponto de exclusão. Consegue entender o clímax aqui? Nossas saudações
diárias podem estar vulneravelmente submetidas ao engano daqueles que sorriem
para o aceno, para o aperto de mão, para o abraço, para o amor...
Seu alto nível de popularidade é o
manancial de fama cobiçada ou a presa do predador insaciável. E o mesmo pode
estar escondido na empatia do sujeito gentil, do amigo companheiro, do parente
costumeiro. Da namorada dedicada.
A melhor e infalível norma que
estabelece quem é o seu colaborador ou consumidor é a técnica da ausência.
Retire o luxo material e a atenção temporal por qualquer período sem aviso
prévio. Aqueles que te procurarem preocupados com a sua retirada repentina e
(se atente bem) não mencionarem qualquer tipo de ação voluntária que os ofertava
com frequência, tipo: "Nunca mais saímos para tal lugar; nunca mais me
convidou para isso; o procuramos para fazer aquilo;" serão parcialmente
dignos do seu compartilhamento. A chave da relação favorável é o serviço
voluntário e incondicional. Quando há trocas, há abusos. Se o que você oferece
e recebe for uma questão de "receber algo em troca", seu convívio
está estruturado no magnetismo recíproco nocivo. Alguns podem pensar que isso
não é ruim, afinal, devemos reagir conforme a abordagem, o natural é responder
de acordo com a natureza do contato, mas se atente ao raciocínio de
"receber algo em troca".
Não é uma igualdade, é um acordo. Ele pode
estar subliminarmente oculto, mas está parcialmente iluminado. É simplesmente
dar algo para ganhar outro. Dar uma porção de algo diferente para saborear algo
diferente. Essa é a jogada. Decifre isso nas suas relações e detectará o
parasita.
O último detalhe do nosso estudo é
o outro lado da moeda. É o inverso do poder. É a insuficiência. Estar
entrelaçado num misto de poder e prazer desencadeia os resultados provenientes.
Estar encurvado na lama também acarreta novos frutos. Não ser destacado
socialmente, financeiramente, fisicamente e psicologicamente, o mantém
invisível para praticamente todos. A luz que emana de você não é enxergada
pelos demais. Você se mantém rebaixado perante outras pessoas.
Não porque você
não tenha valor, mas porque não atingiu o ápice dos padrões estabelecidos pela
sociedade midiática. Você não tocou o teto do avanço do mundo. O mundo progrediu
e você ficou pra trás. Vai receber o que julgarem que merece e vão aceitá-lo
aqueles que fazem parte do seu mesmo grupo. Essa é a vida nesse planeta. Você
não tem o que trocar.
Concluindo, para se ter companhias
e relações saudáveis, analise a aproximação das pessoas. Só existe um motivo
válido para aceitar e ofertar atenção: ser humano.
O que falta na humanidade é
exatamente a consciência de humanidade. Sua natureza rica. Explore-se.
Seja humano, não moeda de troca.
Seja justo
Via Shark Neural
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